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ST 2.1 –
Radiación natural, NORM y TENORM
URÂNIO EM MATERIAL BIOLÓGICO:
I URÂNIO NA BAHIA, BRASIL
de Souza Pereira, Wagner
1
*; Kelecom, Alphonse
2
;
Barreto Espindola, Cleber
3
; Xavier da Silva, Ademir
4
1
Indústrias Nucleares do Brasil. Brasil.
2
Universidade Federal Fluminense. Brasil.
3
Universidade Veiga de Almeida. Brasil.
4
Universidade Federal do Rio de Janeiro. Brasil.
* Autor responsable, email: pereiraws@gmail.com
A mina Cachoeira é uma mina de urânio em atividade, localizada em Caetité, no sudoeste
baiano, numa região de Naturally Occurring Radioactive Material – NORM. Durante o período
de 2000 a 2009 foram analisadas as concentrações de atividade (CA) do Urânio natural (U-nat,
i.e. urânio nas proporções isotópicas naturais) em 12 materiais biológicos, totalizando 171
amostras. Foram analisados: caroço de algodão, farinha de mandioca, feijão, leite, mandioca e
milho. Analisou-se ainda palma (cacto), pasto, peixe, ração animal (milho), silagem e vegetação
(folhas de diversas árvores). As CA do U-nat foram determinadas pelo método do arsenazo que
consiste na extração com solvente da fase aquosa e posterior espectrofotometria. Os dados
foram analisados por estatística descritiva e análise de variância monofatorial (ANOVA), sendo
a seguir agrupados pelo método de Tukey. O número de amostras analisadas variou de uma a
32 amostras. Embora as CA do urânio variassem em uma ordem de grandeza, de 0,012 a
0,121 Bq•kg-1, a ANOVA não mostrou diferença entre as concentrações de atividades dos
materiais biológicos analisados e a mesma conclusão resultou do teste de Tukey. Logo, de um
ponto de vista radioecológico o quadro é bastante simples, podendo-se afirmar que todos os
materiais biológicos analisados possuem concentrações de atividades estatisticamente
idênticas. Porém, para o cálculo de dose, associados a modelos de estimativa de dose
conservadores, devem ser utilizados os valores individuais de concentração de atividade.