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ST 3.4 –
Protección radiológica en radioterapia
DIFERENÇAS ENTRE DOSES DE PLANEJAMENTOS RADIOTERÁPICOS
PARA NEUROEIXO NAS GÔNADAS
Oliveira, Fernanda L.
1
*; Lima, Fabiana F. de
2
; Vilela, Êudice C.
2
1
Universidade Federal de Pernambuco. Brasil.
2
Centro Regional de Ciências Nucleares-NE/ Comissão Nacional de Energia Nuclear –
CRCN-NE/CNEN. Brasil.
* Autor responsable, email: fluoliveira@gmail.com
A radioterapia pode perturbar o funcionamento do eixo hipotálamo-hipófise e provocar
deficiencias diretamente nos ovários como a diminuição da fertilidade, ou causar danos que
fazem com que o útero não possa acomodar o crescimento de um feto. No entanto, estas
questões tornaram-se cada vez mais importante para um número crescente de sobreviventes
de câncer pediátrico e adolescente. As irradiações no eixocrânio-espinhal, abdômem e aregião
pélvica, possivelmente expõem os ovários à radiação, e pode causar falencia ovariana
prematura, enquanto que doses craniaisacima de 35 Gy podem prejudicar as funções
hipotalicas-pituitárias e causa hipogonodismo. Nos pacientes masculinos dano testicular pode
resultar em uma esterilização, como é observado depois de quimioterapia, oua pósirradiação
testicular direta. Neste trabalho será realizada uma comparação das doses aplicadas por
quatro técnicas de planejamento radioterápico para neuro-eixo, considerando as modificações
realizadas em cada planejamento. As simulações dos tratamentos foram realizadas em dois
aceleradores lineares, aplicadas em um simulador antropomórfico sólido do Laboratório
Dosimétrico RANDO e dosímetros termoluminescentes (TLD-100). As doses no 1º e 2º
planejamentos foram: 0,03 e 0,05 Gy/dia e 0,11 e 0,09 Gy/dia, lado direito e esquerdo
respectivamente. No 3º e 4º planejamentos as doseforam: 1,08 e 0,2 Gy/dia e 1,14 e 0,14
Gy/dia, lado direito e esquerdo. Foi observado que as doses nos ovários, avaliadas no 3º e 4º
planejamento foram maior do que as doses avaliadas no 1° e 2° planejamento. Estas variações
foram ocasionadas pelas variações na largura do campo espinhal utilizado, 2 cm mais largo e a
profundidade do segundo campo espinhal, 1,0 cm a mais dos utilizados nos 1° e 2°
planejamentos. Estas diferenças devem ser observadas durante as escópias, pois podem
causar danos irreversíveis, dependendo da faixa etária dos pacientes já que o tratamento
completo é realizado em média com 30 seções de radioterapia.