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ST 3.1 –
Protección radiológica en radiodiagnóstico (orientada a intervencionismo)
DOSES OCUPACIONAIS EM PROCEDIMENTOS TERAPÊUTICOS DE
QUIMIOEMBOLIZAÇÃO HEPÁTICA
Castilho, Alvaro A.V.B.*; Murata, Camila. H.; Szejnfeld, D.; Fornazari, V.;
Moreira, A.C.; Medeiros R.B.
UNIFESP- Universidade Federal de São Paulo. Brasil.
* Autor responsable, email: alvaro_vilasboas@hotmail.com
Introdução:
dados sobre as doses ocupacionais em Quimioembolização Hepática para
tratamento de carcinoma hepatocelular são limitados. O objetivo deste estudo é avaliar as
doses efetivas recebidas pela equipe médica a fim de otimizar as condições de proteção
radiológica.
Metodologia:
foram utilizados dosímetros da MirionTechnologies, Inc. (InstadoseTM). Trinta
pacientes foram submetidos a série de fluoroscopia e cinefluororadiografia de até 30s, com 2, 1
ou 0,5 fps para cada 10 s. As doses efetivas do operador na região temporal esquerda, tórax e
tornozelo esquerdo foram registradas, bem como nas regiões anterior e posterior do tórax da
equipe de enfermagem. Os valores do produto Kerma-área (KAP-Gy.cm²) para fluoroscopia e
cinefluororadiografia foram registrados.
Resultados:
os valores de terceiro quartil (mediana) para KAP foram 574 (386,8) Gy.cm² para
a dose total, 400,6 (293,8) Gy.cm² para Cine e 189 (93) Gy.cm² para Fluoro. As doses
ocupacionais, no médico titular, foram 0,28 ± 0.16mSv (cristalino esquerdo), 0,21 ± 0.16mSv (tórax)
e 1,3 ± 1.5mSv (tornozelo esquerdo). Para equipe de enfermagem, foram: 0,053 ± 0.058mSv
(região torácica anterior) e 0,011 ± 0.023mSv (região torácica posterior).
Discussão e Conclusão:
uma grande desvantagem da Quimioembolização Hepática,
comparando com outras embolizações como Mioma Uterino e Cerebrais, é a necessidade de
se estudar a fase arterial e portal na mesma aquisição. Por necessidade fisiológica esta fase
dura aproximadamente 30s, sendo assim, não temos como diminuir o tempo de radiação na
fase diagnóstica. Porém, podemos reduzir a quantidade de fps e usar todas as ferramentas
disponíveis do equipamento contribuindo para minimização das doses. Os valores obtidos na
região do tornozelo são significantemente maiores do que em outras regiões, sugerindo a
importância da instalação de saiote de chumbo na mesa de procedimento. Os valores de doses
efetivas da equipe de enfermagem justificam o uso do avental plumbífero com proteção frontal
e nas costas.